Alice incrívelmente tem o dom da palavra. E muito mais que isso, tem o dom de entender a “condição humana”. Sim, isto que já é clichê mas que no dia-a-dia fazemos questão de ignorar.
Alice a duras penas pena o seu catigo – o olhar inquisidor que ela mesma define como “olhar possuído, obssessivo, cuidadoso, forte, pesado, cruel, desprezado e zangado”. É da “condição humana” dar adjetivos. Adjetivar tudo e quanto for real, abstrato, compreensivo e além do alcance das próprias palavras.
Estar impinotizado por um olhar “inquisidor” é da história de vida de quase todos. Ser dominado por um sentimento tão desvastador é de marcar a vida daqueles que amam.
Alice possui um poder impar de me levar longe... Longe de mais para não sentir essa “longevidade toda”. Suas palavras levam-me a cenas que vivi, situações que vivi, coisas que vivi, ou mesmo, situações que jamais queria ter vivido.
Alice me levou ao ano de mil novecentos e lavai poeira e na descrição do olhar que lhe inqueta me fez lembrar de um outro olhar. Consizo, oblicou, desvastador, cheio de tara e desarmador... Fez ver-me menino, infantil, bebê, dominado pela mulher, feita, madura com um poder de devastação tão potente quanto “sem querer”.
Foi sem querer que à conheci;
Foi quase sem querer que à beijei...
E foi com muito querer que à tive em uma noite gélida de uma cama de motel! (…).
Paixão tão forte quanto súbita;
Tão dominadora quanto inimaginável...
Despedida cruel feito morte premeditada! (…).
É castigador sentir algo tão forte, e ficar sem o controle de si.
É castagante se vê servil sem nenhuma chance de defesa...
É absurdamente doloroso ter a consciência de estar só, jogado, pedindo socorro, querendo socorro e sem ninguém para ajudar! (…)
Ler o texto Alice foi como ler a minha própria história, sem rimas, sem estrofe, sem concordâncias verbais, pois os sentimentos, por mais adjetiváveis que possam ser, quando são fortes, são marcas feitas a ferro em braza, bastando um simples toque na lembrança para revivê-los novamente...
Texto inspirado no de Alice intitulado “Alice e Seu Castigo”.
Alice a duras penas pena o seu catigo – o olhar inquisidor que ela mesma define como “olhar possuído, obssessivo, cuidadoso, forte, pesado, cruel, desprezado e zangado”. É da “condição humana” dar adjetivos. Adjetivar tudo e quanto for real, abstrato, compreensivo e além do alcance das próprias palavras.
Estar impinotizado por um olhar “inquisidor” é da história de vida de quase todos. Ser dominado por um sentimento tão desvastador é de marcar a vida daqueles que amam.
Alice possui um poder impar de me levar longe... Longe de mais para não sentir essa “longevidade toda”. Suas palavras levam-me a cenas que vivi, situações que vivi, coisas que vivi, ou mesmo, situações que jamais queria ter vivido.
Alice me levou ao ano de mil novecentos e lavai poeira e na descrição do olhar que lhe inqueta me fez lembrar de um outro olhar. Consizo, oblicou, desvastador, cheio de tara e desarmador... Fez ver-me menino, infantil, bebê, dominado pela mulher, feita, madura com um poder de devastação tão potente quanto “sem querer”.
Foi sem querer que à conheci;
Foi quase sem querer que à beijei...
E foi com muito querer que à tive em uma noite gélida de uma cama de motel! (…).
Paixão tão forte quanto súbita;
Tão dominadora quanto inimaginável...
Despedida cruel feito morte premeditada! (…).
É castigador sentir algo tão forte, e ficar sem o controle de si.
É castagante se vê servil sem nenhuma chance de defesa...
É absurdamente doloroso ter a consciência de estar só, jogado, pedindo socorro, querendo socorro e sem ninguém para ajudar! (…)
Ler o texto Alice foi como ler a minha própria história, sem rimas, sem estrofe, sem concordâncias verbais, pois os sentimentos, por mais adjetiváveis que possam ser, quando são fortes, são marcas feitas a ferro em braza, bastando um simples toque na lembrança para revivê-los novamente...
Texto inspirado no de Alice intitulado “Alice e Seu Castigo”.
Comments
8 Responses to “ALICE E AS MINHAS LEMBRANÇAS”
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Daniel, estou em falta contigo e com os meus amigos virtuais... é que estou quase sem entrar na net, pense numa falta de tempo.
8 de julho de 2009 às 13:19O Voz só não está as moscas por causa do Tony, mas assim que me desenrolar tiro o atraso...
Beijão
bonito.
8 de julho de 2009 às 18:27Alice agradece.
Att
Sombra
http://asombradealice.blogspot.com/
Daniel,
8 de julho de 2009 às 18:50Amei este seu post. Lindo demais!
Vou na Alice conferir.
Beijos!
Adorei!
9 de julho de 2009 às 19:01Profundo em Daniel..de uma pessoa apaixonada....
9 de julho de 2009 às 19:49abraçao
Alice e quanta intensidade em Daniel! Todos tem um desses para marcar. E essas marcas são eternas! Abçs!
9 de julho de 2009 às 21:06Daniel,
10 de julho de 2009 às 08:54Não sei como pessoas conseguem seguir em frente sem o amor guiando os passos. Seu blog além de ser bem escrito, é bem sentido. Parabéns pelo espaço, pela sensibilidade tão notória.
Espero não perder contato, viu?
Que seu final de semana seja de luz.
Rebeca
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Alice é desafio proposto pela liberdade.
13 de julho de 2009 às 11:25Cadinho RoCo
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